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ENTENDA O QUE MOTIVA OS INTERNAUTAS A COMPARTILHAR CONTEÚDO

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Por Christina Lima e André Bürger
Durante o evento ANA Digital & Social Media Conference, realizado no dia 13 de julho, em Nova York, foram divulgados os resultados do estudo ‘The Psychology of Sharing: Why do people share on-line?’ conduzido pela The New York Times Company. A pesquisa analisou o que realmente motiva o compartilhamento de conteúdo on-line. Mais de 2.500 usuários participaram do estudo, feito em parceria com a Latitude Research, empresa americana de pesquisa de mercado.
A conclusão da pergunta-título, “O que motiva as pessoas a compartilhar nas redes?”, é o fortalecimento das relações no universo digital. Outras razões são agregar valor e entreter, autorrealização, divulgar causas ou marcas de produtos e definir personalidades nas redes digitais. Do total, 69% responderam que compartilham algo para se sentir como parte do todo; 77% acreditam que essa é uma forma de se conectar a pessoas com interesses em comum; 84% acreditam ser uma forma de apoiar determinada causa.
Entenda o que motiva os internautas a compartilhar conteúdo - André Buzzo Webdesign
Realizada em Nova York, Chicago e São Francisco, a pesquisa apontou que muitos internautas encontraram no processo de compartilhamento de informação na rede uma forma de organizar e catalogar esses conteúdos. Dos participantes que responderam aos questionários quantitativos e qualitativos, 73% alegaram absorver e memorizar com mais facilidade aquilo que compartilham. Ao mesmo tempo, 85% disseram entender melhor determinado assunto quando comentado por seus amigos. O estudo utilizou o método etnográfico e identificou personalidades moldadas por: motivações pessoais; o prazer de ser o primeiro a compartilhar na rede, por exemplo; o papel desse processo na vida de alguém e, por último, mas tão importante quanto, a projeção pessoal.
Ao todo, são seis tipos de ‘compartilhadores de informações’ : ‘Altruists‘, pessoas solidárias, confiáveis, pensativas, conectadas e usuárias de e-mail; ‘Carreerists‘, considerados inteligentes, frequentadores do LinkedIn e que valorizam o networking; ‘Hipsters‘, ou seja, iniciadores de tendências, jovens, populares, criativos e de vanguarda. Outras personas identificadas são: ‘Boomerangs‘, essencialmente usuários do Facebook e Twitter, são provocadores, poderosos e esperam a validação de sua opinião pela rede; ‘Connectors‘, gostam de utilizar o FB e o e-mail, são considerados relaxados, criativos e planejadores; além dos ‘Selectives‘, usuários cuidadosos de e-mail, que gostam de mandar informações apenas quando sabem que serão úteis ao destinatário da mensagem. (E aí? Em qual categoria você se encaixa??)
O estudo é um instrumento importante para compreender os mecanismos de decisão por trás do ato de compartilhar e como essas informações podem ajudar comunicadores a ter seus conteúdos compartilhados on-line. “Entendendo os diferentes perfis e motivações, o profissional de marketing poderá alinhar de maneira eficaz suas estratégias de gestão de conteúdo”, disse por e-mail ao Nós da Comunicação, Kristin Mason, gerente de comunicação da The New York Times Company.
Uma das conclusões dos pesquisadores foi que os gestores que trabalham com internet deveriam se preocupar em produzir conteúdo que possa estreitar os relacionamentos. De acordo com Brian Brett, diretor de atendimento ao cliente do New York Times, em sua apresentação na ANA Digital & Social Media Conference, compartilhar conteúdo com consumidores não é apenas para aproximar as empresas dos clientes. “É prover conteúdo que enriqueça as relações entre consumidores”, explicou.

UMA ANÁLISE DA PSYCHOLOGICAL SCIENCE

As pessoas gostam de contar histórias e repassar notícias e informações; e não é de hoje: essa transmissão social acontece há milhares de anos. A diferença é que as novas tecnologias como mensagens de texto, Facebook, Twitter etc. tornaram mais fácil e rápida essa comunicação. Mas por que certos conteúdos são mais compartilhados do que outros e o que leva as pessoas a compartilhá-los?
Jonah Berger, autor de um outro estudo sobre o mesmo tema ‘Why Do We Share Stories, News, and Information With Others?’ publicado em junho na revista Psychological Science, da Association for Psychological Science, aposta que a disseminação de histórias ou informações pode ser impulsionada em parte pela excitação. Quando alguém se sente estimulado emocionalmente, o sistema nervoso autônomo é ativado, o que então aumenta a transmissão social. Ou seja, evocar certas emoções pode ajudar a aumentar a chance de uma mensagem ser difundida por aí.
Em um trabalho anterior sobre quais assuntos nos artigos do The New York Times eram mais enviados por e-mail, a conclusão foi similar. As matérias que evocavam emoções positivas tinham maior potencial de viralizar; emoções negativas, como ansiedade e raiva também aumentavam a transmissão, já as de tristeza, não. O fator-chave, mais uma vez, parece ser excitação. “Se alguma notícia faz você sentir raiva em vez de tristeza, por exemplo, é mais provável que seja compartilhada com sua família e amigos”, resumiu Berger.
Em sua pesquisa o autor estava especialmente intrigado em saber como essa transmissão social faz um conteúdo on-line tornar-se viral. “Há muito interesse no Facebook, Twitter, e em outros meios de comunicação social hoje”, diz Berger, “mas para empresas e organizações utilizarem estas tecnologias de forma eficiente é preciso entender por que as pessoas falam e compartilham certas coisas.” As implicações deste estudo são bastante amplas. “O comportamento das pessoas é fortemente influenciado pelo que os outros dizem e fazem. Se você é um empresa tentando fazer com que as pessoas falem mais sobre sua marca, ou uma organização de saúde pública tentando levar as pessoas a espalharem suas ideias sobre alimentação saudável, estes resultados fornecem insights sobre como projetar mensagens e estratégias mais eficazes de comunicação.”
Com informações da Psychological Science.
Fonte: www.nosdacomunicacao.com

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